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O resumo deverá estar no escopo de um dos Grupos Temáticos (GTs) do evento. O texto submetido será apreciado pela coordenação do GT escolhido e poderá ser avaliado como “aprovado” ou “recusado” (não haverá a “aprovação com ressalvas”). Esta avaliação deverá ser comunicada ao(s) proponente(s) entre 15 e 30 dias decorridos a partir da submissão.

Grupos Temáticos (GTs)

Quadro Geral

01. Aquisição da linguagem: múltiplas perspectivas

Equipe do GT: 
Camila Stephane Cardoso Sousa | Raquel Vieira Sobrinho | Emanuela Monteiro Gondim

Ementa:

Em consonância com a proposta do II SIEL, a Linguagem como Prática Social, nosso Grupo Temático busca promover o debate em torno das pesquisas sobre a Aquisição da Linguagem que concebem a constituição da linguagem da criança a partir de uma visão social. Tomando como eixo condutor a prática social, buscamos reunir múltiplas perspectivas teórico-metodológicas, a fim de contemplar diversas temáticas, tais como: aquisição de língua materna, aquisição de língua estrangeira, aquisição da fala, da escrita, da leitura, alfabetização, letramento, afasias etc. Diante desse quadro diversificado, este Grupo Temático se propõe a constituir um espaço de partilha teórico-metodológica, abrindo espaço para pesquisas experimentais, naturalistas, estudos de caso, pesquisas transversais e longitudinais, dentre outras, permitindo-nos traçar um panorama acerca das pesquisas em Aquisição da Linguagem desenvolvidas no cenário nacional. A fim de promover um diálogo e uma troca ricos, objetivamos também possibilitar a convergência de perspectivas inter e transdisciplinares, permitindo um diálogo com outras áreas e saberes, tais como as demais subáreas da Psicolinguística, a Linguística Aplicada e a Educação, favorecendo não só a pesquisa em aquisição da linguagem como a aplicação de seus resultados no ensino.

GT 01
GT 02

02. As tecnologias digitais na sala de aula: o trabalho do professor e para o desenvolvimento de práticas de letramento digital

Equipe do GT: 
Ana Maria Pereira Lima | Júlio César Ferreira Firmino

Ementa:

As tecnologias estão cada vez mais acessíveis e consolidando-se como experiências vividas pelas pessoas, engajando-as em uma infinidade de práticas. Isso nos fez investir no emprego dos recursos tecnológicos a fim de vislumbrar a potencialidade para fins didáticos. Nosso objetivo é socializar o trabalho docente quando as práticas de letramento digital encontram-se presentes nas atividades propostas nas aulas que priorizem o ensino/aprendizado de línguas em quaisquer modalidades ou etapas escolares.  A sugestão ora apresentada representa uma ocasião para a divulgação de resultados de pesquisas, de análises e de descrições realizadas sobre os diversos gêneros textuais e sobre práticas de letramento que dependam ou se constituam dos recursos tecnológicos para se realizarem, submetendo-os à apreciação crítica dos pesquisadores presentes no evento, de maneira que novas perspectivas acerca da potencialidade das práticas de letramentos estabeleça relações entre a escola e a sociedade em que ela se insere, buscando  focalizar  naquelas  que são necessárias para que a escola possa lidar, de maneira mais significativa, com as novas demandas da contemporaneidade.   Desse modo, serão aceitas propostas integrantes de áreas congêneres das aqui propostas que se situem nos princípios teórico-metodológicos de teorias que se circunscrevam na temática sugerida. É relevante que os trabalhos promovam reflexões sobre os contextos sociais e os meios de comunicação em que as práticas de letramento com o uso das tecnologias estejam presentes, de maneira a promover uma articulação entre as dimensões verbal e sócio-histórico-cultural dos textos e dos diversos tipos de letramentos. Desse modo, acreditamos que os trabalhos propostos à coordenação deste grupo de trabalho possam contribuir e explicar o caráter inovador de inserção de práticas sociais que contemplem o uso de tecnologias digitais, alinhando o trabalho docente às demandas contemporâneas.

Equipe do GT: 
Expedito Eloísio Ximenes | Ticiane Rodrigues Nunes

Ementa:

A proposta do GT crítica textual e edição de textos é receber e divulgar trabalhos de pesquisadores na área dos estudos filológicos que abordem o tema em ampla atuação: edição de textos manuscritos, crítica textual de textos literários, crítica genética, estudos linguísticos em textos editados, estudos históricos de textos editados, estudos paleográficos e codicológicos de textos manuscritos. Pretende-se discutir e ampliar os trabalhos nessa área, visando uma formação ampla e crítica sobre a história da língua portuguesa e da sociedade brasileira a partir dos textos.

03. Crítica Textual e edição de textos

GT 03

Equipe do GT: 
Sarah Pinto de Holanda | Raquel Ribeiro

Ementa:

Ancestral é o fascínio exercido pela linguagem que deságua na possibilidade de criar e traduzir mundos. A matéria literária, criadora desses universos, é privilegiada, pois de suas margens e profundezas emergem outros campos do saber. Os estudos lingüísticos, por sua vez, tradutores desses universos, promovem um elo fecundo entre esses dois campos. Parece-nos impertinente uma tentativa separatista destas duas ciências, já que a relação entre Linguística e Teoria da Literatura é antiga. Foi o Estruturalismo Linguístico de Saussure que impulsionou os primeiros estudos acadêmicos de Teoria da Literatura. Com o desenvolvimento do Estruturalismo, outras ciências que uniam Literatura e Linguística apareceram, a narratologia é uma delas. No decorrer da história dos estudos linguísticos e literários, ultrapassando os métodos centrados na língua, alguns teóricos passaram a centrar-se nos discursos, tendo nas teorias desenvolvidas por Bakhtin sua mais expressiva voz. A partir de seus estudos, a Teoria da Literatura, antes alicerçada na imanência do texto, foi impulsionada pela corrente pós-estruturalista, influenciada pelas teses de Bakhtin que acreditavam na impossibilidade da análise de um texto literário desconsiderando-o de seu contexto social: “social intercourse is the medium in which the ideological phenomenon first acquires its specific existence, its ideological meaning, its semiotic nature. All ideological things are objects of social intercourse, not objects of individual use, contemplation, emotional experience, or hedonistic pleasure [...] The work of art, like every other ideological product, is an object of intercourse. It is not the individual, subjective psychic states it elicits that are important in art, but rather the social connections, the interactions of many people it brings about” (BAKHTIN, 1978). Desta forma, seguindo a esteira de Bakhtin, longe de distanciar ciências e visando a possibilidade de interação não só entre disciplinas amalgamadas na linguagem, mas na interação entre linguagem e sociedade, a proposta do GT Diálogos da linguagem: relações entre teoria e crítica literária e estudos linguísticos é abranger trabalhos em que os estudos de teoria e crítica da literatura dialoguem com os estudos linguísticos. Buscando ampliar nosso alcance interdisciplinar, aceitaremos propostas de estudos críticos, teóricos ou aplicados de obras literárias dos mais diversos gêneros (poesia, conto, romance, drama...) e nacionalidades (literatura brasileira, portuguesa, inglesa, francesa...) ligadas às Correntes Lingüísticas, à Estética da Recepção, à Análise do Discurso e à Semiótica.

04. Diálogos da linguagem: relações entre teoria e crítica literária e estudos linguísticos

GT 04

Equipe do GT: 

João Batista Costa Gonçalves | Elayne Gonçalves | Benedita Sipriano | Marcos Alberto | Benedito Alves | Laryssa Gonçalves

Ementa:

Este grupo temático visa reunir estudos e pesquisas que analisem discursos dentro da perspectiva teórica bakhtiniana. As propostas para este GT deverão, portanto, fundamentar-se na aplicação dos principais conceitos, noções e categorias do pensamento do (círculo) bakhtiniano, como dialogismo, ideologia, responsividade, exotopia, cronotopo, polifonia, carnavalização, dentre outros, de modo a mostrar a potencialidade desta teoria na análise do funcionamento dos sentidos de diferentes discursos que circulam na sociedade.

05. Estudos Bakhtinianos do Discurso

GT 05

06. Formação de professores de línguas

GT 06

Equipe do GT: 

Lucineudo Machado Irineu | Rozania Maria Alves de Moraes | Camila Maria Marques Peixoto

Ementa:

O GT Formação de Professores de Línguas visa reunir trabalhos que promovam a discussão entre pesquisadores e estudantes sobre a formação inicial e/ou continuada de professores de línguas materna e estrangeiras, contemplando temas que abordem, por exemplo, identidade docente, trabalho docente, desenvolvimento profissional do professor, discurso do professor, prescrições na formação e/ou na prática docente, políticas de formação, relação teoria-prática na formação de professores, estágio supervisionado e o engajamento das universidades na necessária transposição didática que deve ser realizada em situação de sala de aula.  Para discussão desses temas, assume-se uma concepção ampliada de trabalho docente, constituída não apenas pelo trabalho realizado em sala de aula, mas também por dimensões pouco reveladas do ofício desse profissional, relacionadas aos saberes técnico-científicos, pedagógicos, das regras do ofício e experienciais. Dentro dessa perspectiva, uma formação de professores verdadeiramente produtiva deve conceber o trabalho do professor como uma atividade humana multidimensional e constituída de diversas facetas implicadas ao ofício do professor. Esses aspectos são revelados principalmente por meio da análise da reconfiguração do agir do professor, realizada na linguagem e pela linguagem, através dos mais variados textos produzidos não apenas pelo professor, mas também por toda uma rede de vozes sociais que representam e normatizam o seu agir. Nesse sentido, o GT evidencia o papel central da linguagem, analisando sob diversas perspectivas teórico-metodológicas, a clarificação da atividade docente e do espaço da formação inicial e continuada de professores de línguas.    

Equipe do GT: 

Camila Stephane Cardoso Sousa | Maria Claudete Lima | Emanuela Monteiro Gondim

Ementa:

O funcionalismo linguístico abriga diversas vertentes, cujo ponto comum é a concepção da língua como um instrumento de interação social ou, como diz Halliday (2004), como uma semiótica social, na qual sistema e uso estão interrelacionados de tal modo que “a língua tem a forma que tem pelas funções a que serve”. O objetivo deste Grupo de Temático é reunir trabalhos teóricos e empíricos que estudam fenômenos linguísticos numa perspectiva funcionalista. Serão acolhidas vertentes e enfoques diversos, do funcionalismo americano de Talmy Givón à proposta da Gramática Funcional Discursiva de Hengelveld, passando pela Gramática Sistêmico-Funcional de Simon Halliday; da análise da função interpessoal em dado gênero discursivo ao percurso de gramaticalização de um item linguístico.  Desse modo, este Grupo de Trabalho compreende, embora não se limite a, pesquisas que se situam em um dos seguintes eixos: (a) estudos sobre a predicação, como os relativos à transitividade, ao tempo verbal etc.; (b) estudos sobre a gramaticalização, por exemplo, o percurso de verbos plenos a verbos auxiliares, de advérbios a conjunções etc; (c) estudos sobre a modalização, como a análise da evidencialidade ou da modalidade epistêmica ou deôntica em dado discurso. Destaca-se ainda que, pelo forte liame entre linguística funcional e linguística cognitiva, admitem-se igualmente trabalhos que se situem na chamada gramática cognitivo-funcional, em que são bem-vindas, por exemplo, propostas de análise linguística relativas a esquemas cognitivos manifestos em construções linguísticas, como o esquema de causa expresso na construção transitiva; estudos que analisem a manifestação dos princípios de iconicidade ou dos princípios de marcação em dada codificação linguística, como a análise da posição de orações subordinadas em conformidade com os princípios mencionados; pesquisas que avaliem a relação de uma dada codificação linguística com a distribuição de Figura e Fundo em um texto, como fazem Hopper e Thompson (1980) ao relacionar transitividade e relevo discursivo.

07. Funcionalismo linguístico: sistema e uso

GT 07

08. Gêneros textuais como práticas sociais

Equipe do GT: 
Cibele Gadelha Bernardino | Jorge Tércio Soares Pacheco | Nícollas Oliveira Abreu | Lígia de Oliveira Barbosa Lima

Ementa:

Nos últimos anos, os estudos sobre a linguagem têm dado forte atenção aos gêneros textuais / discursivos, investigando-os no âmbito acadêmico e/ou profissional, e em outros domínios discursivos. O importante nesses estudos é que o gênero passa a ser considerado o cerne das práticas sociais, haja vista sua realização está relacionada a uma ação retórica recorrente em um determinado contexto social e discursivo.  Considerando o universo de estudos sobre os gêneros, o presente GT tem como propósito congregar investigações cujo foco principal seja os gêneros textuais nas mais variadas esferas discursivas. Nessa perspectiva, acreditamos que, por meio da discussão dos trabalhos, promoveremos uma reflexão teórico-metodológica enriquecedora, já que, nesse GT, não restringimos a submissão de trabalhos a um enfoque teórico específico. Dessa maneira, estudos realizados no âmbito das tradições Linguísticas da gramática Sistêmico Funcional, da análise de gêneros para fins específicos e / ou Sociorretóricos, nas perspectivas Interacionista e Sociodiscursiva, bem como nos estudos retóricos e sociológicos serão fundamentais para uma discussão global acerca dos gêneros nos diversos ambientes em que eles são produzidos, distribuídos e consumidos. Em suma, a apreciação desses trabalhos poderá nos proporcionar uma consciência maior do papel do gênero discursivo nos diferentes setores da sociedade, como também fornecer pressupostos práticos para aplicação das descobertas teórico-metodológicas no processo de ensino-aprendizagem.

GT 08

09. Interface entre linguística e ensino-aprendizagem: experiências para o desenvolvimento de competências comunicativas

Equipe do GT: 
Valdinar Custódio Filho | Suelene Silva Oliveira

Ementa:

A defesa da revitalização no ensino de língua portuguesa – que passa pelo papel do professor como aquele que contribui para o desenvolvimento da competência comunicativo-discursiva dos aprendizes – remonta, no Brasil, há pelo menos três décadas. Apesar de já bastante solidificada, a reivindicação de um ensino mais eficaz e pleno ainda é uma temática atual, haja vista a constatação de que as desejadas mudanças ainda são escassas na produção de frutos que mostrem um caminho mais sistemático para o ensino de qualidade. Nesse sentido, a reflexão sobre a aplicação de perspectivas teóricas com vistas a construir e descrever experiências de pesquisa nas salas de aula da educação básica é fundamental, como movimento para solidificar a crença de que um ensino efetivo só se concretiza por meio de práticas que coloquem os aprendizes como usuários efetivos da língua. Tal solidificação encontra espaço profícuo no âmbito do Mestrado Profissional em Letras (Profletras). O objetivo deste GT, portanto, é o de promover um espaço para apreciação dos trabalhos de intervenção pedagógica que buscam a interface entre teoria linguística e ensino-aprendizagem de língua materna. Destacam-se, nesse panorama, pesquisas que se encontrem em uma ou mais das seguintes vertentes: leitura, produção escrita, produção oral, análise e descrição gramatical, literatura. O mote, em princípio, consiste de trabalhos efetivados (ou a se efetivarem) nos Profletras de todo o país; contudo, também é muito bem-vinda a descrição de experiências exitosas realizadas em outras esferas da produção de conhecimento (como, por exemplo, nos cursos de especialização). A expectativa é que as discussões geradas no grupo encaminhem para um corpo de trabalhos que possibilite aos sujeitos reconhecer que o ensino “renovado” de língua materna pode ser efetivamente concretizado, do que depende a disseminação do conhecimento e o engajamento dos agentes que atuam na educação básica e nas universidades.

GT 09

10. Linguagem e tecnologia: gêneros em meio digital e multiletramentos

Equipe do GT: 
Nukácia Meyre Silva Araújo | Débora Liberato Arruda Hissa | Eleonora Figueiredo Correia Lucas de Morais | Fábio Nunes Assunção | Fernanda Rodrigues Ribeiro Freitas | José Hipólito Ximenes Sousa | Raimundo Nonato Moura Furtado 

Ementa:

Diante da multiplicidade que os estudos sobre o letramento têm adquirido nos últimos anos, o conceito mais utilizado atualmente – o de multiletramentos (ROJO, 2012, 2013; ROJO; BARBOSA, 2015) – abrange uma série de outros conceitos, como práticas e eventos de letramento (LANKSHEAR; KNOBEL, 2011), que se fazem importantes nos estudos da linguagem. Entendendo-se o letramento como o uso social que um usuário da língua faz da leitura e da escrita (KLEIMAN, 1995, 2005; SOARES, 1998, 1999), destaca-se que, a partir do advento da web 2.0 (www ou internet), uma série de novas práticas linguageiras têm surgido. Essas práticas englobam eventos e práticas de letramentos, novos gêneros criados para serem veiculados em meio digital e novas atitudes dos usuários da língua em relação a essas novas possibilidades de interação que têm surgido a partir da internet. Além disso, os estudos sobre os multiletramentos envolvem uma série de outros tipos de letramentos, como o crítico, o visual, o digital etc (COSCARELLI; RIBEIRO, 2005; FREITAS, 2010). Em relação ao letramento digital, por exemplo, destacamos os usos das tecnologias digitais da informação e da comunicação (TDIC), que têm incentivado o desenvolvimento de novas atitudes em relação à língua, especialmente para as instituições educacionais – principais agências de letramento em sociedades grafocêntricas – e, consequentemente, para as salas de aula de línguas (PINHEIRO; CALDEIRA, 2012). Percebe-se, então, que alunos, professores e os demais membros das comunidades educacionais têm apresentado a necessidade de desenvolver novas formas de lidar com as tecnologias em sala de aula e, consequentemente, com as possibilidades de ensino-aprendizagem de línguas que elas trazem, especialmente por meio de gêneros discursivos que circulam em meio digital. Nesse sentido, o GT Linguagem e tecnologia: gêneros em meio digital e multiletramentos tem o objetivo de se tornar um espaço de discussão sobre os multiletramentos, especialmente, o digital e o acadêmico, e sobre a forma como os eventos e as práticas de letramento são mobilizadas em atividades linguageiras diversas levando em consideração o uso das TDIC nessas atividades. Discutimos também as novas configurações de gêneros discursivos veiculados em meio digital e a forma como as tecnologias contribuem para a necessidade de se discutirem os usos que são feitos desses gêneros. Serão aceitos trabalhos que tratem dos letramentos digital e/ou acadêmico, da escrita e/ou do ensino de escrita, em geral (desde que relacionados aos estudos dos multiletramentos e/ou da TDICs), dos gêneros discursivos veiculados em meio digital e das TDICs relacionadas à forma como os usuários da língua (em contextos pedagógicos ou não) interagem por meio da linguagem.

GT 10

11. Multimodalidade e Multiletramentos: Ensino e Pesquisa em Língua Materna e Estrangeira

Equipe do GT: 

Antonia Dilamar Araújo | Sâmia Alves Carvalho

Ementa:

A comunicação sempre foi realizada por meio de gêneros textuais/discursivos, porém com as novas tecnologias, estes são constituídos por diferentes modos semióticos (KRESS, 2000, 2003, 2010) e suportes, tais como o impresso e digital. A utilização de modos e suportes diversos tem acarretado mudanças nas práticas sociais que passaram a exigir das pessoas novos letramentos ou multiletramentos, dos quais se destacam o letramento digital, computacional e o letramento visual/multimodal. Essas mudanças se refletem no uso de gêneros textuais/discursivos que circulam na sociedade contemporânea como aqueles usados em materiais didáticos no contexto educacional, que também têm se tornado cada vez mais multimodal, caracterizando-se pela integração de, pelo menos, dois modos semióticos – o visual e o verbal – na construção de sentidos. Esses aspectos instigam educadores/ pesquisadores a entender: a) as relações intersemióticas entre os diferentes textos que instanciam gêneros textuais multimodais voltados para o ensino, b) como os aprendizes de língua materna e estrangeira constroem sentidos, a partir dos textos multimodais e c) como esses textos multimodais são abordados pelos docentes para que os objetivos de ensino sejam alcançados. Sob a perspectiva da Semiótica Social e da Multimodalidade (KRESS; VAN LEEUWEN, 1996, 2006; KRESS, 2010; VAN LEEUWEN, 2005), este Grupo Temático tem como objetivo discutir as questões mencionadas acima e, assim, contribuir para os estudos dos gêneros textuais multimodais no ensino de línguas. Convidamos para esse debate pesquisadores e educadores que tenham desenvolvido ou estejam desenvolvendo pesquisas e/ou relatos de experiências com foco na análise de gêneros textuais/discursivos multimodais voltados para o ensino de línguas e/ou para as práticas pedagógicas voltadas para o desenvolvimento de multiletramentos (LANKSHEAR; KNOBEL, 2003; ROJO, 2012) no contexto de ensino e aprendizagem de língua materna e/ou estrangeira e com base na perspectiva da semiótica social.

GT 11

12. Semiótica Discursiva: percursos e análises

Equipe do GT: 

Raquel Vieira Sobrinho | Camila Stephane Cardoso Sousa | Marilde Alves | Roger Medeiros

Ementa:

Em harmonia com os propósitos do segundo SIEL de divulgar e incentivar as pesquisas locais e nacionais, nosso grupo temático tem por objetivo reunir pesquisas na área de Semiótica Discursiva, tendo em vista que a representação local e nacional das pesquisas na área tem ganhado espaço dentro da comunidade acadêmica. A semiótica tem como objeto de estudo o sentido, não o sentido ontológico, pois este é inalcançável, mas o sentido apreensível via linguagem, concretamente manifestado nos discursos. A área estuda fenômenos que estão para além da palavra, da oração e do período, para esta teoria, os processos de significação devem ser estudados como um objeto próprio em sua globalidade discursiva (BERTRAND, 2003). O método da teoria semiótica parte do reconhecimento do texto como um todo de significação, desta forma a semiótica assegura sua autonomia. As etapas da construção do sentido nos textos podem ser representadas pelo percurso gerativo do sentido, um simulacro metodológico que permite ao analista acompanhar o processo de produção da significação textual desde o nível mais abstrato e simples ao mais concreto e complexo, garantindo aplicabilidade eficiente do método, não só ao texto verbal, mas a textos construídos em múltiplas linguagens. Com isso em mente, ensejamos reunir pesquisadores com o intuito de compartilhar experiências teórico-metodológicas acerca dos diferentes ramos e aplicações da semiótica greimasiana e seus desdobramentos.

GT 12

13. Sociolinguística

Equipe do GT: 

Aluiza Alves de Araújo | Ana Germana Pontes Rodrigues | Maria Lidiane de Sousa Pereira

Ementa:

Assumindo o caráter heterogêneo e dinâmico das línguas naturais, bem como sua estreita relação com a sociedade, a Sociolinguística, em suas diferentes vertentes, abriu espaço para um novo e amplo leque de possibilidades para a observação do fenômeno linguístico. A partir disso, propôs a observação, sistematização e discussão das inúmeras questões que emergem da linguagem em uso. Como um dos resultados provocados pelo redirecionamento do olhar para as línguas, proporcionado pela Sociolinguística, é notável, ao longo das últimas seis décadas, o crescimento do número de estudos sociolinguísticos desenvolvidos por diferentes estudiosos acerca das muitas problemáticas que permeiam a formação, composição e transformação das línguas naturais. A partir desse cenário, a proposta deste grupo temático é proporcionar um espaço de apresentação, reflexão e discussão de trabalhos, concluídos ou em andamento, que se encaixem no campo de estudo da Sociolinguística em suas diferentes correntes. Assim, serão acolhidos trabalhos que (i): se dediquem à análise de padrões de variação e mudança linguística em distintas comunidades e em diferentes planos da língua, a saber, léxico, fonético-fonológico, morfológico, morfossintático, sintático e semântico-discursivo; (ii): pesquisas sobre percepções e atitudes linguísticas; (iii) discussões teórico-metodológicas acerca da pesquisa sociolinguística, em termos de constituição e do uso de bancos de dados dessa natureza; (iv) debates sobre variação estilística, dialogando (ou não) com outras teorias linguísticas; (v) estudos que discutam as contribuições sociolinguísticas para o ensino de língua materna e de língua estrangeira; (vi) pesquisas que tratem da implementação de políticas linguísticas; (vii) trabalhos que abordem a variação e mudança linguística na primeira, segunda ou terceira ondas da Sociolinguística; (viii) estudos que problematizem a temática de línguas em contato; (ix) espera-se ainda que as propostas de pesquisas deem fôlego a estudos que abordem a comparação de determinados fenômenos de variação e mudança com base em diferentes variedades linguísticas.

GT 13

14. Formação de Professores na Perspectiva Inclusiva: a Tradução Audiovisual Acessível e o empoderamento das pessoas com deficiência

Equipe do GT: 

Marisa Ferreira Aderaldo | Vera Lúcia Santiago Araújo | Georgia Tath Lima de Oliveira | Renatta Pires Franco

Ementa:

Em várias partes do mundo, incluindo o Brasil, o movimento pela educação inclusiva vem se constituindo como ação política, cultura, social e pedagógica, desencadeada para garantir que os alunos aprendam juntos, sem nenhum tipo de discriminação. Reconhecendo que as necessidades enfrentadas nos sistemas de ensino requerem o confronto das antigas práticas discriminatórias mediante novos paradigmas na formação de professores, faz-se necessário capacitá-los, para receber todos os alunos na escola, desafio que necessita ser discutido e enfrentado no âmbito dos bacharelandos e licenciandos. Os pesquisadores do Grupo Lead (Legendagem e Audiodescrição), do Laboratório de Tradução Audiovisual, subordinado ao Programa de Pós-Graduação em Linguística Aplicada da UECE, propõem-se a apresentar as pesquisas que desenvolvem no âmbito da tradução acessível para a inclusão de pessoas com deficiência, em especial, as pesquisas para surdos e ensurdecidos e cegos e baixa visão. Com vários trabalhos acadêmicos em níveis de graduação, mestrado, doutorado e pós-doutorado, o Grupo Lead desenvolve ferramentas inclusivas para serem aplicadas em produtos da área de cultura, lazer e educação.

GT 14

15. Estudos Críticos da Linguagem

Equipe do GT: 

Dina Maria Martins Ferreira | Jony Kellson de Castro Silva | Tibério Caminha | Nilson Alves | Sara Colares | Dulce Valente Pereira

Ementa:

A proposta deste GT gira em torno de conhecimento sobre as operações ideológicas do discurso e as relações de poder nelas implicadas; estudo de fenômenos interacionais de (re)produção / manutenção / problematização /  ressignificação de sentidos naturalizados; processos de negociação identitária, focalizando processos intersubjetivos da ordem de posicionamento social, de atribuição de valores à relação identidade-diferença e de hierarquização e construção de assimetrias. Esta rede de abordagens múltiplas centra-se na natureza performativa da linguagem, em que atos de fala atentam para determinadas prerrogativas de viés crítico (Austin; Rajagopalan). No que tange a uma pragmática emancipatória (Martins Ferreira e Alencar; Rajagopalan), o estudo da linguagem e seus usos podem receber abordagens teóricas de fins analíticos, tais como: linguagem como "forma de vida" (Wittgenstein); gênero como construção sociodiscursiva (Butler); discurso como prática social (Fairclough); tensões entre linguagem, corpo e política (Deleuze/Guatarri); sujeito, gênero e corpo no território da cibercultura (Lévy); agência na linguagem (Ahearn); heterogeneidade da língua em uso (linguagem ordinária) por falantes reais em processo contínuo (Moita Lopes; Fabricio) e afins. Toda este abertura para constituição de redes teóricas se unem pela natureza performativa da linguagem ‒ atos de fala e atos de corpo (Austin; Pinto). E nesta natureza performativa, Derrida se alia pela argumentação de que sentidos não são saturados da mesma maneira que seus contextos, porquanto o sentido escorrega pelos "rastros" de significações, o que justifica o sentido de "iterabilidade" da linguagem que diz respeito à possibilidade da repetição da "marca" e do "traço" de qualquer signo.

GT 15
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